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Divulgação |
Mesmo sem levar o
principal prêmio do 69º Festival de Cannes deste ano, o cinema
nacional tem muito o que comemorar. Na disputa pela Palma de Ouro
entre os longas-metragens, "Aquarius", de Kleber Mendonça Filho, não
ganhou, mas recebeu críticas positivas da imprensa especializada internacional.
Para o jornal
britânico The Guardian, o filme é uma "rica e misteriosa história
brasileira sobre desintegração social". O português Público definiu o
longa como “um filme sensualíssimo, sereno e sinistro sobre a memória
ameaçada”. Já para a revista especializada Variety, “Aquarius é um estudo de
personagem, bem como uma meditação perspicaz sobre a transitoriedade
desnecessária de um local e como o espaço físico define nossa
identidade”. A Palma de Ouro ficou com o drama britânico "I, Daniel
Blake", de Ken Loach.
Contudo, em
outras categorias, o cinema brasileiro foi premiado. Neste domingo (22), na
competição oficial de curtas-metragens, "A moça que dançou com o
diabo", de João Paulo Miranda Maria, ganhou menção especial do júri
oficial. Na véspera, o documentário "Cinema novo", de Eryk Rocha,
exibido na mostra Cannes Classics, recebeu o prêmio L'Oeil D'Or (Olho de ouro).
O filme traz
cenas e depoimentos de nomes do Cinema Novo, como Cacá Diegues, Nelson Pereira
dos Santos, Ruy Guerra, Joaquim Pedro de Andrade e Glauber Rocha, pai do
diretor.
"No filme,
vemos eclodir a poesia, a contundência e a lucidez do Cinema Novo em seu tempo.
São planos e sequências dos filmes do cinema novo de muita força, delicadamente
articulados às falas dos jovens realizadores, tudo marcado pela ânsia do futuro
e do Brasil", afirmou o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel.
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